ULTRAPASSAR OS LIMITES NÃO É UM ERRO MENOR DO QUE FICAR AQUÉM DELES. ( CONFÚCIO)

A VIDA COMEÇA NO FINAL DA SUA ZONA DE CONFORTO!!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bolívia - Huayna Potossi [Minha Primeira Experiência em Alta Montanha]

Sobre o Huayna Potossi eu sentei e chorei, mas aprendi.



Domingo, 24 de julho de 2011

Acordei um pouco atrasada.. engoli o café da manhã no Hostal, peguei minha mochila e tomei um táxi até a calle Illampu onde deveria me encontrar com o pessoal sentido Huayna Potossi.
Conheci meu guia Lorenzzo, os Belgas Timy e Nile e o Brasiliense Rafael Pereira na sala da Agência da Hiking Bolivia.


Timy, Nile, Eu e Rafa

Provei alguns equipamentos que me faltavam e entramos na van onde desenvolvemos algumas conversas tímidas entre os belgas..e desembestei a falar em português com o Rafa..
Paramos pra comprar ÁGUA e chocolates.. chocolates são mto bons para montanha pois além de deixar a garganta lubrificada evitando que ela fique seca, com tosses.. e maior cansaço, ele repõe a energia que vc perde na caminhada.





Huayna Potossi

Chegamos ao primeiro acampamento situado na base do Huayna Potossi por volta das 13 horas da tarde à exatos 4.800 m de altitude. Haviam outros montanhistas por lá.. o banheiro era do lado de fora do abrigo.. deixamos nossas mochilas na parte superior do Refúgio (bem aconchegante por sinal), almoçamos uma comida gelada, nos trocamos e fomos para o nosso curso de gelo!!


Refúgio Base do Huayna 4.800m

Parte superior do Refúgio onde dormimos


Dentro do Refúgio, nos arrumando para seguir ao Glaciar



Primeiro contato com o Huayna Potossi


Glaciar onde tivemos o Curso no Gelo


Nos dirigimos para um glaciar onde tive o meu primeiro contato com grampones, andar com aquelas botas rígidas, e com a neve. sim.. nevou um pouquinho durante o nosso curso, pareciam isoporsinhos caindo do céu.. que em seguida se derretiam e transformavam-se em água.


Bem.. "Sou brasileira e nunca vi neve" à parte, começamos nosso curso!
Tivemos dicas de como andar em verticalidade.. como lidar com o piolett, como cravar os grampones.. como escalar e desescalar etc.












Segue um vídeo PAPELÃO desse curso! kkkkkkkkkkkkkkk desabei do glaciar e Senti o coração vindo parar na boca kkkkkkkkkkkkk



Fiquei Depois com tanto medo de cair novamente.. que no final do vídeo eu já estou no chão.. poderia ter saído andando.. e faço o contrário..  to quase deitada.. ainda fincando o piolett no gelo kkkkkkkkkkkk olha, um papelão atrás do outro.. kkkk e o Rafa filmando tudo.. rs


Depois deste curso no gelo retornamos ao refúgio base com uma caminhada de mais ou menos 40 minutos se naõ estou enganada.

No Abrigo, ficamos deitados um pouco até sair o jantar.. um macarrão maravilhoso.. quentinho.. e mto mate de coca! o pessoal estava super animado.... jogando UNO.. ganhei a primeira partida.. e logo fui dormir enquanto todos continuaram lá.

Segunda Feira, 25 de Julho de 2011

Acordei de madrugada.. pelo menos umas 400 vezes querendo muito.. mais muito mesmo fazer xixi, mas só de pensar no frio que deveria estar lá fora.. do barulho que eu ia fazer até colocar todas as minhas roupas, e no banheiro que ficava a "LEJOS",  tentava trapacear enganando minha bexiga e dormia denovo. Acordava mais apertada! kkk e esse ciclo se repetiu diversas vezes.. até o Rafa acordar também.. ele falou que tava apertado kkkk entaõ descemos por volta das 7h da manhã para fazermos nossas respectivas necessidades fisiológicas número 1 rsrs.

Vista do banheiro que ficava do lado de fora do refugio, e ao fundo a pontinha do Huayna Potossi.

Depois de tomar café.. enrolamos um pouco, arrumamos nossas coisas.. e a Nile começou a passar mal do estômago.. mas continuou firme e nos dirigimos ao segundo acampamento, o acampamento alto que fica no meio da montanha por volta das 13 h da tarde.

Minha cargueira com aprox. 20kg 


Sentido Campo Alto


A caminhada era MAMÃO COM AÇÚCAR.  BICO BICO.. uma subida tranquila.. a única coisa que pesava era a altutide.. afinal estava alcançando os 5.000m de altitude pela primeira vez na minha vida, e carregando 20kg somente de equipamentos na cargueira (só o necessário: algumas roupas, saco de dormir, botas de gelo, grampones, piolett, água e acessórios.)

Caminhamos por volta de 3 horas até o campo alto, o Rafa foi na frente com os guias.. eu fui sozinha e o Lorenzzo ficou com a Nile e o Timy pois estavam passando mal e caminhando lentos.

Belgos passando mal

2º refugio - huayna potossi - Campo alto


Chegando no 2º Refúgio



Achei o Refúgio Alto Maneirissimo!!! As paredes todas pixadas por montanhistas de toda parte do mundo.. trazendo desabafos, histórias, piadas em todas as línguas e bandeiras de todos os lugares.










O Banheiro tinha o estado LAMENTÁVEL kkkkkk Com todo o respeito.. cara.. tive que tirar foto.. rsrsrs As pessoas tem que ter noção das coisas que eu passei!


Sim! é um balde! rsrs

é.. eu tive que dar um zoom só pra vc imaginar o cheiro rsrsrs  


Conheci 2 brasileiros de São Paulo que estavam independentes e pretendiam fazer cume no mesmo dia que eu. o Timy começou a passar muito mal,  teve até febre.. e a Nile melhorou.
Jantamos por volta das 18 horas e fomos dormir super cedo.






Vista da janela do refugio no momento que fomos dormir.. ainda estava claro.


O Plano era o seguinte: Acordaríamos meia noite, nos arrumaríamos, comeríamos uma coisa leve para partirmos à 1h da manhã. A média de ataque ao cume são de 5 horas de caminhada.. chegando ao nascer do sol as 6h da manhã.

Fui dormir ansiosa.. como uma criança que espera a excursão da escola na 3º série do primário! rs!

Terça Feira, 26 de Julho de 2011

Acordamos meia noite com o refúgio todo escuro, head lamps ligadas, uma movimentação discreta dos montanhistas pela casa e começamos a nos arrumar.
o Timy ainda passara mal, a Nile iria atacar o cume com o Lorenzzo; eu e Rafael iríamos na mesma corda com o Guia Álex.



Tomamos um Mate de coca e saímos um pouco atrasados.. aproximadamente 1:30am.

eu e Rafa em ataque ao cume - Inicio


Fazia muito frio.. aproximadamente -10 graus, um vento forte e gelado mas as nossas roupas impermeáveis e corta vento realmente eram mto eficientes e não nos deixaram sentir um frio exarcebado. Colocamos nossos grampones e saímos pela escuridão do Huayna Potossi. Era possível apenas enchergar em todo o breu.. algumas luzinhas que se perdiam no meio do caminho.

Seguimos Despassio y siempre! Em passos devagar porém constantes garantindo um bom ritimo e fazendo com que nosso guia nos elogiasse. Por ser minha primeira montanha.. aquelas botas eram muito pesadas.. e aqui deixo uma ressalva:

Fazer montanha no Brasil não tem absolutamente nada a ver com fazer alta montanha! rsrsrs
Fazer montanhas no Brasil como treino para alta montanha, é muito valido.. mas para garantir a sua condição física e resistência corporal, mas em questão de técnica.. no Brasil vc usa uma bota.. super leve.. em alta montanha vc está com uma bota extremamente diferente... rígida, pesada em relação à bota que usamos no Brasil, ainda temos que separar energia para cada passo onde temos de fincar os grampones na neve e retirar os pés da neve a cada passo ciclicamente. É realmente um esforço maior em neve e precisamos acostumar o nosso corpo e pernas à esse pesado gasto de energia.

Senti meu corpo no começo.. pois estava um pouco mais de 5.300m de altitude.. com botas pesadas.. tornando dificultoso meus passos em neve, eu estava cansada por causa da altitude.
Quando ouvia falar de altitude.. imaginava um ar rarefeito.. quase que uma FALTA DE AR em plena alta montanha.. algo um pouco mais desesperador.. kkk (um drama puro da caloura por falta de conhecimento no assunto), mas na realidade.. quando estamos sob altitude.. conseguimos respirar normalmente.. mas pela ausência de oxigênio.. é como se ficassemos cansados muito fácil... essa é a real: o nosso corpo fica cansado de forma precoce.. por pouca coisa.. eu dava 5 passos e parecia que tinha feito uma maratona de 3 dias seguidos.. kkkk tendo que descansar por 10 segundos e acredite: A caminhada desta montanha não é técnica..  comparada à caminhada do Brasil, é muito, mais muito fácil!!! porém temos a questão da ALTITUDE o que torna a situação completamente diferente!

O ritmo diminuiu um pouco.. mais continuamos constantes e atingimos 5.500 m de altitude, eu estava sentindo apenas um cansaço. Em hipótese alguma  eu pensava em desistir.
Mesmo sentindo aquela experiência toda de Altitude, sentindo duramente no corpo o contraste de andar na neve e fazer montanhas no Brasil.. desistir do cume jamais estaria nos meus planos. Eu sabia que chegaria ao cume..

Imagine.. Aqui no Brasil.. por mais que seja muito difícil, eu NUNCA desisti de uma montanha... isso na minha cabeça não existia! Ora, como pode iniciarmos uma montanha e não terminarmos ela? Mesmo que a façamos devagar.. uma hora atingimos nossa meta.. e foi assim que segui adiante.. com um propósito firme de conquistar o Huayna Potossi.

Aos 5.600 eu comecei a sentir uma leve pressão em minha cabeça. Paramos para comer um chocolate.. tomarmos uma água.. e percebi que o cano do meu camelback (mesmo que enrolado em um fleece) congelou parcialmente. O ideal mesmo é comprar uma garrafa térmica e levar uma bebida quente para tomar, afinal, água gelada também não é uma das melhores bebidas no meio da neve não é mesmo?.. rs

5.700 comecei a sentir vontade de vomitar.. passar um pouco mal.. e o guia perguntava se queria voltar.. eu dizia Firmemente que "NÃO.!". Durante o caminho passaram umas 3 duplas de homens que estavam passando mal e estavam retornando ao refúgio desistindo do cume! Mas nós seguíamos em frente sob o silêncio do cansaço, porém animados e conversando em alguns intervalos.

Consegui chegar até os 5.850m, mas estava parando demais.. passando mal.. com dor de cabeça forte.. e dor no estômago..querendo vomitar.

O Sol ja estava nascendo... me recordo desse momento com muita precisão. Foi uma das visões mais bonitas que tive: ver o sol nascer de uma montanha nevada.. e os raios sutilmente refletindo naquele branco.
O sol despontando, eu parada em pé.. apoiada no piolet cravado na neve, descansando, ja estávamos enxergando o cume, então meu guia Álex disse: "No se puede seguir adelante porque hay partes en la Cumbre con el roca y cuando sale el sol, el hielo se derrite y se convierte en agua, es muy peligroso después que sale el sol. Estamos muy lentos, y Isabelle, estas enferma, lo mejor que podemos hacer es volver."

Fiquei muda.

Não conseguia dar uma resposta positiva pro Álex.. não conseguia falar "Tabom.. vamos dar as costas para o cume!" aquilo não fazia parte dos meus planos.. e apesar de estar passando mal, eu estava ali pra fazer o caminho inteiro, estávamos a 230m do cume e abortar não era a minha idéia.



Depois de talvez 2 ou 3 minutos calada.. o Rafa falou que não teria problema nenhum em voltar (talvez ele tivesse receoso de que eu não estivesse querendo voltar por que não querer estragar sua ascensão.. entaõ ele tentou me deixar confortável).

Simplesmente a coisa mais dificil foi abrir a boca para concordar com a volta.

momento em que decidimos retornar ao refugio.

a parte rochosa é o cume. estavamos avistando o cume

Mas foi aí que recebi um dos maiores ganhos da viagem: o aprendizado da DICIPLINA de um montanhista. Era fora de lógica continuar a ascenção naquelas condições. Como o Guia Álex Havia dito, o sol já estava nascendo.. fizemos a montanha de forma lenta devido a altitude, era perigoso prosseguir com o sol nascendo por que enfrentariamos depois uma parte de rocha e neve derretida, o nosso desnível do Campo alto até o cume foi  de quase mil metros em ALTITUDE, e foi algo muito agressivo para o meu corpo que estara em altitude pela primeira vez.

O ideal [calouros. aprendam com a minha experiência, ou com o meu fracasso rs] era fazer uma montanha de 5.500 baixar.. e então depois tentar o Huayna Potossi, naõ ir de cara em uma montanha de 6.088m desnivelando de uma vez só 958m (saindo dos 5.130m) sem nenhuma aclimatação anterior em grande altitude! Bom .. tive que aprender isso na pele!!

Bem, concordei com a volta.. mesmo sem querer, temos que ser racionais, maduros o suficiente de ouvir um guia experiente e saber o limite do nosso corpo, a montanha é Senhora, e não pode ser desafiada! Voltando.. passando mal.. eu me lembro claramente.. naõ sabia se o que me doía mais era a cabeça.. o corpo ou o coração.

Disse em minha nota no facebook "Honestamente! Eu nao acreditava que estava voltando! Nao sabia se o que me doia mais era a cabeca ou o coracao.. me vi frustrada naquela imensidao de neve, na Imperiosidade do huayna Potossi, e la nao me contive: Eu sentei e chorei! Eu realmente nao acreditava que estava voltando para o campo alto, mas sabia que se continuasse, talvez passasse muito mal e tinha que confiar no meu guía, era o que me restava."

Ao chorar.. lembro-me das palavras desse meu grande guia que me foi um conforto imenso, ele me falou com grande sabedoria: "No llores, no te pongas triste.. por que la montana siempre estará aca! Tu puedes Isabelle.” acho que nunca vou me esquecer disso.





ao fundo descendo uma dupla que desistira antes de nós.

Gretas pelo caminho

kkkkkkkkk essa foto eu to parecendo o diabo.. kk minha cara de decepção ta explicita

sob o lindo huayna potossi

Voltamos ao acampamento alto e eu ainda estava um pouco mal, porém melhorando, meu nariz sangrou e tomei um remédio pra dor de cabeça que o Rafa me deu e me deitei por vinte minutos. Acho que ninguém nunca vai saber o que sentí naquele dia. Me sentía extremamente frustrada, eu que tinha passado tão bem duarante a viagem toda.. não tinha sofrido UMA dor de cabeça, nao sofrera nada de altitude, durante a ascenção dos 5.130 aos 5.850 fiquei mal!

De 5 brasileiros que estavam la, 2 homens paulistas, 2 homens brasilienses e eu mulher, paulista, nenhum atingiu cume: eu, um paulista e um brasiliense sofremos nesta mesma faixa de altitude e seus companheiros de montanha regressaram juntos. Ah! e A NILE CONSEGUIU!!!!!!! junto ao Lorenzzo!

Uma das coisas mais bonitas da montanha é o companherismo.. aqui deixo meu agradecimento público ao meu guia Álex e principalmente ao meu Companheiro Rafael Pereira Lima onde em momento algum foi incompreensível comigo, pelo contrário! foi muito parceiro e demonstrou grande hombridade em apoiar nossa descida.

Ao acordar, estava toda descabelada.. frustrada.. chorando direto.. rs e resolvi documentar aquele episódio da viagem



Almocei e arrumei minhas coisas para retornar para La Paz. fui para o térreo do refúgio e me coloquei a chorar quieta no meu canto.. sozinha em um cômodo do refúgio enquanto amarrava o cadarço de minhas botas, o Álex chegou e foi conversar comigo.. entaõ perguntei pra ele se eu seria capaz de subir o Pequeño Alpamayo, nessa hora eu ja estava descrente da minha capacidade corporal de subir alta montanha e ele me assegurou que faríamos cume juntos! disse para que eu confiasse nele, que tudo daria certo! Entramos na Van. Fui dormindo meio cabisbaixa deitada, ocupando uns 3 lugares da Van.. e ao chegar na agência, só de olhar para a esposa do Juan comecei a chorar! kkk

Aquele assunto me entristecia de uma forma Tão grande! sem contar que eu tava de TPM! kkkk aí com todo o perdão da palavra: do Jeito que eu tava e ainda de TPM??? FUDEU NÉ! kkk juntou a fome e a vontade de comer.. rsrs coitado de quem tava do meu lado!

Ao  me ver chorar o Juan me disse que eu conquistei uma grande marca, e que muitas montanhas ficam com o cume inferior aos 5.850m, o Pequeño Alpamayo por exemplo fica a 5.420. E que muitos brasileiros não chegam nem ao campo alto. Outros montanhistas brasileiros de renome, retornam a Bolivia várias vezes pois nao conseguiram fazer cume de primeira em montanhas menores.

Pensei em desencanar de alta montanha, neve e tudo mais. Mas Eu  amo a montanha, e não vou desistir. Penso que como numa escalada, as vías difíceis não se conquistam sem experiência. Muitas vezes tomamos uma vaca, mas só encadenamos se formos persistentes. Na verdade a persistência é quem nos leva próximos da perfeição. Foi então que decidi em fazer o Pequeño Alpamayo SIM.

Era uma terça feira, decidi descansar na quarta e marcar a saida para o condoriri na quinta.
Eu e o Rafa estávamos mortos de fome.. e decidimos de mochila, sem banho nenhum entrarmos num restaurante e comer! Entramos em um restaurante mexicano e depois de tanta decepção.. o que me restou foi uma Paceña! kkkkkk







O Rafa foi para o Hostel Onkel in comigo.. se hospedou por lá tambem..


Haviamos marcado de sair a noite com os brasileiros que conhecemos no Huayna, eram eles o Marcos e seu amigo Luis Fernando, fomos novamente para o Mongos onde me acabei de dançar Salsa com a Maya (a convidei quando cheguei no hostal)!!

Rafa, Maya eu, Luis Fernando e o Marcos

Quarta feira 27 de julho de 2011

Acordei GRIPADA e agora? e o Medo de subir o Pequeño Alpamayo e me dar alguma coisa? uma gripe mal curada.. naõ sei o quanto isso me afetaria em Alta Montanha.

Tirei essa quarta Feira para descansar em La Paz, Fiz uma nota no meu facebook com um ligeiro sentimento de vergonha ao dizer que não conseguira fazer o Huayna Potossi.. mas em troca recebi muito apoio.. muito carinho de todas as pessoas!!! pessoas próximas.. outras nem tanto.. porém todas com o ponto em comum: me apoiando e me dando forças pra ir com tudo para o Pequeño Alpamayo!!

Todos diziam que era normal voltarmos no meio do caminho.. que devemos ser prudentes e que chegar aos 5.850m de altitude era uma grande marca e motivo de muito orgulho! me senti muito.. mais muito confortada pelo apoio de todos! deixo aqui o meu "muito obrigada" novamente à todos.. foi realmente muito importante de verdade escutar todas aquelas frases de incentivo.. num lugar onde estava sozinha e triste numa semana de TPM rsrsrsrs e com certeza fez toda a diferença para a próxima montanha!

Organizei também todas minhas fotos.. e saí por La Paz com o Rafa para fechar o pacote do Pequeño Alpamayo e comprar todos os remedios possiveis para curar a minha gripe. Comprei por indicação da Miroslavia (mulher do Juan) o Tapsan que é como um naldecon, mel e limão.. fiz todas as receitas da minha vó.. para curar essa gripe!!

Depois de um dia meio "Pantufa" fui dormir torcendo para que eu acordasse melhor para seguir ao Condoriri e enfrentar o mais temido desafio agora: a Altitude e o Pequeño Alpamayo.