ULTRAPASSAR OS LIMITES NÃO É UM ERRO MENOR DO QUE FICAR AQUÉM DELES. ( CONFÚCIO)

A VIDA COMEÇA NO FINAL DA SUA ZONA DE CONFORTO!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pequeño Alpamayo: Face à Face.

Pequeño Alpamayo - Bolívia


Quinta- Feira, 28 de julho de 2011
Acordei Com o Rafa fazendo barulho e se arrumando pra seguir seu rumo sentido Isla Del sol, me despedi dele e comecei a me preparar para o grande momento e objetivo da minha viagem: Escalar o Pequeño Alpamayo.
Ainda com vestígios da gripe.. porém muito melhor que o dia anterior, o Medo de não conseguir o Pequeño Alpamayo já me bastava... não necessitava de uma Gripe: aumentava minha apreensão. Eram muitos medos, e uma esperança.
Em comparação ao Huayna Potossi (6.088msnm) o Pequeño Alpamayo era Menor, medindo aproximadamente 5.420 metros de altitude, isso significa que na faixa de altitude do Alpamayo eu não havia passado mal até então (pois no Huayna comecei a sentir algo na faixa de 5.600m). Isso era um ponto mais do que positivo pra mim, afinal, em alta montanha o gigante a ser enfrentado era a Altitude, entretanto, mesmo com este pensamento positivo eu ainda estava apreensiva, com um medo danado de não conseguir, além de se tratar de uma montanha de Graduação Alpina AD (Algo Difícil) sendo um pouco mais trabalhosa e técnica que o Huayna.
Tomei um taxi por 10 bls até a calle Illampu e me dirigi novamente até a Albert, foi quando conheci na salinha de equipamentos o Marcel, Paulista que estara pela primeira vez subindo uma montanha e encararia comigo o P.A..
Entramos na Van e aconteceu algo curioso.. quando estávamos esperando o nosso super guia ALEX, acho que a van não podia ficar parada La na calle Illampu.. e um guardinha invés de deixar um papelzinho de multa como aqui no Brasil, foi lá e lascou um mega adesivo bem no vidro do carro “INFRATOR” kkkk mto bom!
Todos à postos.. fomos sentido condoriri.. a viagem demorou algumas horas.. talvez 2h se não me falha a memória. 






  

Chegamos a Cidade de Tuni, um povoado simplezinho.. com casas de barro.. onde se via poucas pessoas do lado de fora das casas... o silêncio, o céu azul, o sol e o tom bege com marrom é o que me faz lembrar de lá.




Deixamos nossas cargueiras e equipamentos para serem levados por burricos e seguimos uma caminhada de quase 3 horas apenas com água em nossa mochila de ataque.
Passamos pela Laguna TUNI, um lago com água de desgelo, azul da cor do céu e com trutas reproduzidas por pessoas da região.







Fizemos uma parada, e comemos um almoço gelado.. sentados na grama no meio do caminho.. foi onde conheci o Nico, Um israelense que vive no Canadá e estava na Bolívia para fazer várias montanhas, gente FINÍSSIMA! Seguimos nosso Caminho até a Laguna Chiarkota onde montamos nosso acampamento.





 


Eu estava um pouco preocupada em relação à gripe.. então depois de jantarmos eu não fiquei muito tempo do lado de fora. Tomei um Chá quente de mel com limão e Tapsan e entrei dentro da barraca pra me aquecer, descansar.. pois quando acordasse à meia noite, faríamos o tão esperado ataque e eu precisava estar bem. Lembro-me antes de dormir ter pedido à Deus uma boa Ascensão e que essa gripe não interferisse em nada.
Sexta feira, 29 de Julho de 2011
Acordei com a voz do Alex do lado de fora da barraca chamando "I'ss'abelle..!" já era a hora de se arrumar para seguirmos em ataque. Desta vez não estava com as roupas fornecidas pela agência, pois no Huayna quando os guias viram minha calça da Queshua e meu anorak da Salomon.. falaram pra que eu não usasse da agência.. já que eu estava com um equipamento bons.. ou seja... meu equipamento utilizado no Brasil estava de bom tamanho para enfrentar a montanha e de fato me serviu e muito sem me causar nenhum perrengue (para as montanhas que fiz.).
Como de prache tomamos um “café da manhã” leve e um bom mate de coca, eu enchi a minha garrafa térmica (nova) de mate invez de levar água (por que no Huayna meu camel back congelou no cano) e seguimos de Botas de trekking, levando todo o resto do equipamento na mochila de ataque.
Tinhamos pela frente uma hora de caminhada Até chegar na parte de gelo onde necessitaríamos de grampones. Estava tudo escuro.. e fizemos esta caminhada de headlamp num ritmo forte.. eu estava MEGA empolgada.. a gripe estava 99% curada, fisicamente estava bem.. psicologicamente também! Tudo estava ao meu favor.
Apesar do clima extremamente frio da madrugada.. logo o calor chegou.. abri algumas camadas de fleeces para refrescar. Chegamos na parte nevada onde paramos para trocarmos os calçados. Deixamos nossas botas em baixo de uma pedra, e colocamos as botas para neve, os grampones e iniciamos com garra.
Na frente estava o Alex, eu no meio e o Marcel atrás de mim, todos unidos pela mesma corda numa distância de um metro e meio ou dois. Eu estava completamente diferente do Huayna, minha resistência física tinha melhorado 300%, acredito que fisicamente.. meu corpo apanhou bastante então eu estava bem condicionada, não sentia tanto peso das botas.. e a altitude também não me afetava. Seguimos muito bem nossa caminhada. Lembro-me de estar caminhando e ver de forma muito rápida uma estela cadente. Inesquecível.
Para conquistar o Alpamayo, é necessário subir uma rampa que fica ao lado de uma montanha que chamam de Pirâmide Blanca, depois seguirmos para o cume do Tarija (onde somente de lá é possível enxergar o Alpamayo), e descendo o Tarija inicia-se a ascensão.
Nesta Rampa de neve, senti a corda puxar, era o Marcel que estava diminuindo o ritmo, quando olhei pra ele.. Pude ver como num espelho o marcel igual à mim na ascensão ao Huayna: muito cansado.. provavelmente sentindo o peso da bota, e a altitude. Olhar pra ele era como me ver dias atrás. Ele dava 5 passos e sentia-se cansado.
Primeiro de tudo: coloquei na minha cabeça que se ele passasse mal.. voltaríamos sem problema nenhum, afinal montanha é assim e eu não faria diferente de como o Rafa agiu comigo no Huayna. Se um dia alguem voltou por mim.. no outro dia eu posso voltar por alguém sem problemas. Depois, eu tentei deixar ele o mais a vontade possível, disse que faríamos o ritmo dele.. que caminharíamos mais devagar.. e assim prosseguimos.
Paramos pra tomar um mate e eu na minha ausênscia de inteligência sem igual.. sei lá o que se passou pela minha cabeça! Talvez eu tivesse confundido a garrafa térmica com uma garrafa de gatorade! Por que coloquei mate na tampa da garrafa e dei pro Marcel tomar, e na seqüência tentei beber no bico da garrafa o chá.
É claro que caiu chá pra tudo quanto era lado.. na minha balaclava, na minha luva e uma atitude tão simples e burra começou a congelar seriamente a minha mão (luva 2º pele) e minha balaclava. Sentia meus dedos DOEREM intensamente de tanto frio pois o chá que caiu na luva congelou diante de uma temperatura baixa que fazia, o que me levou a tirar imediatamente a minha primeira camada de luva. A balaclava coloquei a parte que cobre a boca, pra baixo do queixo solucionando o problema.
Segui adiante somente com o meu par de luva grosso, de alta montanha o que pra minha sorte foi suficiente.. pois sinto muito calor nas extremidades enquanto ando. O Marcel foi muito, mais muito persistente, ele não falou em nenhum momento sobre desistir! Ele estava extremamente cansado, mais já havíamos passado ao lado do Pirâmide Blanca e estávamos sentido Tarija.
Ele sabia que se ele chegasse no Tarija, ele poderia ficar e deixar eu e o Alex seguirmos sentido Alpamayo por que o Nico e outras 3 pessoas estavam na frente.. e voltariam logo; Então ele fez um esforço do qual eu não vou me esquecer: ele comentava comigo que sabia que aquilo era importante pra mim e apesar de eu dizer que estávamos com ele, apesar dele saber que poderia desistir sem ao menos chegar no Tarija, eu sei que ele se esforçou muito por ele e por mim.
A subida do Tarija era relativamente íngreme, e aos poucos fomos conquistando. O sol foi nascendo por detrás da montanha.. não conseguimos ver ele despontar no horizonte, mas percebemos o dia clarear. Subir o tarija era depositar toda a minha ansiedade em ver pela primeira vez o Pequeño Alpamayo. Pois ainda não tinha NENHUMA visibilidade desta montanha. Fui chegando aos poucos no cume do Tarija e ao chegar.. fiquei estasiada!


Ver o Pequeño Alpamayo era algo Surreal. Toda vez que me lembro dessa imagem sinto meu coração desrritimado.. Ele é simplesmente Lindo. Exatamente como vira na internet, todavia, naquela hora era Eu e o Alpamayo: frente à frente, diante dos meus olhos! Eu estava o conhecendo pessoalmente.
Minha gratidão ao Marcel vai ser eterna! Ele poderia ter desistido do Tarija sem duvidas! Ele poderia ter abortado com todo o direito dele! Mais ele fez diferente, comprou a briga por mim e lutou pra chegar até o Tarija e com um tom de “missão cumprida” ele falou: “Gente, daqui eu não passo, eu vou ficar por aqui, vai La mocinha! ” me deu um abraço de amigo me desejando boa sorte.


Eu e Marcel no Cume do Tarija.
Eu sou Imensamente grata ao Marcel, um cara coração, gente boa.. e que mal me conhecia. Fez tudo isso por ele e por mim demonstrando grande garra em conquistar um cume: o Tarija. E aqui quero deixar meu agradecimento público à essa peça-chave da conquista ao Alpamayo!
De lá do Tarija pudemos enxergar o Nico mais 3 pessoas escalando o alpamayo em sua parte final próximo do cume.


Como o Marcel iria ficar alguns minutos parado no Tarija, fiz questão de deixar minha garrafa térmica com mate quente pra ele se aquecer.. ele com certeza sentiria mais frio do que eu, deixei meu bastão e segui sem água, apenas com 2 pioletts (o meu e o do Marcel) e minha mochila de ataque contendo protetor solar, uma bandeira e minha máquina fotográfica.
Desescalamos o Tarija onde há uma parte de rocha, lembro-me das garras dos grampones entrando em atrito com a rocha.. nossa! Como aquilo me dava aflição! Rs


Pé na neve e eu estava na base do Pequeño Alpamayo: me sentindo como uma criança de ingresso nas mãos ao maior parque de diversões da cidade! Eu estava explodindo por dentro e o Alex percebia isso! Se alegrava comigo e me motivava cada vez mais a subir!
De Forma quase que mágica, eu estava ótima fisicamente! Só meu coração que parecia que ia explodir de felicidade em cada passo que eu dava no Pequeño Alpamayo! Pra mim.. é claro que eu queria chegar no cume.. mais cada passo ali naquela montanha tinha um gosto diferente!
Foi aí que senti da maneira mais literal aquela frase clichê que todos usam: que o prazer não está no cume e sim no caminho; Ali, isso se fez verdade em mim. Escalar passo à passo naquela montanha.. era como dedilhar minha musica preferida no violão.
O Alex sempre me mostrava técnicas novas de como proceder nas ascensões, e eu prestava o máximo de atenção para aprender e absorver tudo o que ele me ensinara.
Outra coisa que eu estava achando o Máximo: escalarmos o P. Alpamayo pela crista... eu adoro andar pela crista da montanha.. era coisa de: escorregou pra direita.. caiu.. escorregou pra esquerda: caiu, é fantástico e exige um pouco mais de atenção.
Eu estava à mil e o Alex percebeu isso, disse que eu estava BEM melhor e foi nesse clima de felicidade que fomos alcançando os últimos lances. Me encontrei com o Nico que acabara de fazer cume.. conversamos brevemente e ele seguiu descendo a montanha de encontro ao Marcel para retornarem à base. Nos últimos 200m próximo ao cume, existe uma parte mais técnica onde eu estava presa somente pelos meus grampones e piolets na parede de gelo e uma corda presa entre eu e o Alex.
Me concentrei ao máximo para fazer movimentos precisos e segui focada no que eu estava fazendo: cravando firmemente os dois piolets (garantindo 2 apoios das mãos), e dando o próximo passo acima. Cravando firmemente os grampones (garantindo 2 apoios dos pés) para me dar estabilidade de firmar os piolets um lance acima.


Lembro de quando olhei pra cima e estava à metros do cume, a alegria de me sentir inteira do Alpamayo era absurda.. mais ainda quando eu me aproximara do momento mais esperado da viagem: fazer o cume do Alpamayo, era mais que uma gana, status, febre de cume ou qualquer coisa parecida. Era como ter o Alpamayo só pra mim, ou de alguma forma ser totalmente dele naquele instante, tendo uma intimidade no qual esperei e desejei por muito tempo. Quem corre atras do que quer, e consegue, talvez possa entender o que senti.
O Alex subiu e eu perguntei: “aí é o cume?” ele respondeu “si! Venga Isabelle!”
Quando cheguei no cume, apesar de estar explodindo por dentro de alegria, minha reação não foi eufórica, pelo contrário.. não gritei.. não fiz nada.. a primeira coisa que naturalmente fiz foi cair de joelhos e demonstrar pra mim mesma o respeito que tenho por essa montanha.


Fazia um frio absurdo acompanhado de vento relativamente forte e sol. Fechei meus olhos e agradeci à Deus por ter conseguido chegar até ali. Me passavam zilhões de coisas na cabeça, vinha tudo o que eu passei pra estar ali, todo o meu sonho de estar naquela hora, naquele lugar, cada incentivo que recebi das pessoas com o episódio do Huayna e uma frase que eu escutei antes de viajar, quando perguntei ao Davi Caetano se eu seria capaz de subir o Pequeño Alpamayo, Ele me respondeu: "Se eu tivesse que apostar em você, apostaria que vc consegue." Essa frase ecoou por muitas vezes durante minha ascensão e se fez importante pra mim.


Impressionante era ver as outras montanhas face à face..encarando de frente e do alto. O Condoriri é lindo visto de cima.




O Alex me deu parabéns.. e eu agradeci ele aos montes por ter me encorajado e acreditado em mim quando eu já estava descrente da minha capacidade em alta montanha.
Tirei meu capacete, minha balaclava pra fazer umas fotos, tentei gravar vídeos no cume.. mas todos saíam errado.. cortados.. e o único que consegui fazer, não é muito audível por que fazia muito, muito vento só dá pra escutar no final depois que eu falei o sermão da montanha o meu “Obrigada” rsrs mas valeu as imagens!


Como disse, o vento era forte.. e La em cima fazia muito frio! Beirava por volta dos -18 graus e minha orelha começou a pedrificar, mal a sentia.. o Alex fez algumas fotos minhas e em seguida me chamou para que eu assinasse o livro do cume.
Um livrinho simplesinho.. pequenininho enrolado em um plástico que ficava debaixo de umas pedras contendo as escritas em sua capa: “Entonces el Dios del amor y La paz permanecerá con ustedes”. Escrevi brevemente no livro e nos preparamos para descermos.




Quando estava a poucos metros abaixo do cume.. me lembrei que queria muito alguma pedra de recordação, então na parte onde estávamos desescalando, me protifiquei de pegar algumas pedrinhas que estavam próximas a mim e colocar seguros dentro do bolso do meu anorak. As tenho guardadas até hoje.
Fomos descendo com atenção redobrada e uma certa parte, havia possibilidade de rapelarmos para descermos mais rápido e assim fizemos. Descemos de forma rápida o Alpamayo e logo estávamos na base to Tarija. 






Paramos para descansar e eu disse ao Alex que precisava muito fazer xixi! Rs ele se afastou e eu tive o xixi mais rico da minha vida..de frente pro Pequeño Alpamayo kk.
Subimos, eu peguei o meu bastão que havia deixado lá e seguimos adiante, descemos o Tarija e já na rampa final o Alex perguntou por quanto eu venderia meu óculos da Jumbo.
O Alex tinha um óculos da Hot Wheels, JURO POR DEUS! Era quase de brinquedo, amarelo, Aquilo e nada.. acho que talvez fosse melhor ele estar sem óculos mas era tudo o que ele tinha. Infelizmente as agências em geral não investem em equipamentos bons para os guias.. e neve é algo sério quando se transita freqüentemente. Sem apegos dei o meu de presente pra ele, sei que ele precisaria mais do que eu.


Ao sairmos da parte nevada, encontramos com 3 equatorianos que nos viram no cume, eles também tentaram fazer o Pequeno alpamayo mas confundiram o Tarija com a Piramide Blanca, então abortaram e deixaram pra fazer no outro dia. Peguei minha bota de trekking que havia deixado lá.. tiramos os equipamentos de neve, guardamos na mochila e seguimos andando sentido acampamento.
No caminho pude encontrar o Marcel que estava andando na boa.. devagar curtindo o caminho. O Alex foi na frente com a minha camera pois estava preocupado em fazer nosso almoço.


eu e o marcel retornando ao acampamento conversando.
O Marcel tava um pouco triste.. mas conversamos bastante.. e ele foi mto guerreiro em conseguir chegar até o tarija!
Chegamos no acampamento e almoçamos, o Nico estava de saída, desarmou o acampamento dele e seguiu sentido tuni enquanto a gente se quedaria mais uma noite por lá. Fomos para o chiarkota pescar trutas para o jantar. O Alex pescou 3 trutas o que nos garantiu um jantar divino e mto bem temperado!!




Depois do jantar.. ficamos deitados numa pedra próximo à nossas barracas. O condoriri não havia luz elétrica.. ali existia apenas o céu forrado de estrelas e nos colocamos todos a observa-las, eram muitas... fora do padrão.. talvez por que estavamos em um lugar alto.. não sei!
Sei que era tanta estrela que algumas se mexiam.. e enchergavamos elas se mexendo a olho nu, o Alex disse que provavelmente eram Satelites móveis que pareciam com estelas que se moviam no céu.
Depois de muita prosa, cada um Foi pra sua barraca ter uma merecida noite de sono.



Sábado, 30 de julho de 2011
Acordei com o Sol nascendo por detrás do pico Agujas Negras, abri uma fresta da barraca e fiquei olhando de camarote enrolada no meu saco de dormir aquele nascer do sol fantástico. Notei que a noite fez tanto frio que a minha água que estava em uma garafa de plástico havia congelado.
Tomamos café da manha.. ficamos lá de bobeira, almoçamos, arrumamos nossas coisas e seguimos sentido Tuni. Esperamos um carro que iria nos levar novamente à La paz.
Chegando em La Paz eu e o Marcel fomos ver o que daria pra fazermos juntos no dia seguinte, ficamos em duvida entre o Downhill na estrada da morte ou o Salar de Uyni, mas como tinhamos acabado de chegar de viagem.. achamos melhor agendar o downhill do que viajar novamente naquela mesma noite para uyuni seria um tanto quanto cansativo.
Fechamos o downhill para o dia seguinte, e encontramos na rua um cara de rosto familiar vindo em nossa direção e sorrindo.. depois de um tempo olhando pra ele me toquei : Era o Nico! Rsrsrs as pessoas de banho tomado ficam quase que irreconhecíveis! Rs então marcamos de jantarmos juntos.
Cada um foi para o seu hostal, eu para o Onkell in, o Marcel para o Copacabana e o Nico para o Loki, e nos encontramos na calle Illampu as 20h para comer aquela pizza da boa e tomarmos uma cerveja gelada.
Tivemos um jantar agradabilíssimo, nos despedimos do marcel o Nico me acompanhou até o taxi e foi a ultima vez que eu o vi, já o Marcel me encontraria no dia seguinte para seguirmos juntos à Coroico.