Pequeño Alpamayo - Bolívia
Quinta-
Feira, 28 de julho de 2011
Acordei
Com o Rafa fazendo barulho e se arrumando pra seguir seu rumo sentido
Isla Del sol, me despedi dele e comecei a me preparar para o grande
momento e objetivo da minha viagem: Escalar o Pequeño Alpamayo.
Ainda
com vestígios da gripe.. porém muito melhor que o dia anterior, o
Medo de não conseguir o Pequeño Alpamayo já me bastava... não
necessitava de uma Gripe: aumentava minha apreensão. Eram muitos
medos, e uma esperança.
Em
comparação ao Huayna Potossi (6.088msnm) o Pequeño Alpamayo era
Menor, medindo aproximadamente 5.420 metros de altitude, isso
significa que na faixa de altitude do Alpamayo eu não havia passado
mal até então (pois no Huayna comecei a sentir algo na faixa de
5.600m). Isso era um ponto mais do que positivo pra mim, afinal, em
alta montanha o gigante a ser enfrentado era a Altitude, entretanto,
mesmo com este pensamento positivo eu ainda estava apreensiva, com um
medo danado de não conseguir, além de se tratar de uma montanha de
Graduação Alpina AD (Algo Difícil) sendo um pouco mais trabalhosa
e técnica que o Huayna.
Tomei
um taxi por 10 bls até a calle Illampu e me dirigi novamente até a
Albert, foi quando conheci na salinha de equipamentos o Marcel,
Paulista que estara pela primeira vez subindo uma montanha e
encararia comigo o P.A..
Entramos
na Van e aconteceu algo curioso.. quando estávamos esperando o nosso
super guia ALEX, acho que a van não podia ficar parada La na calle
Illampu.. e um guardinha invés de deixar um papelzinho de multa como
aqui no Brasil, foi lá e lascou um mega adesivo bem no vidro do
carro “INFRATOR” kkkk mto bom!
Todos
à postos.. fomos sentido condoriri.. a viagem demorou algumas
horas.. talvez 2h se não me falha a memória.
Chegamos a Cidade de
Tuni, um povoado simplezinho.. com casas de barro.. onde se via
poucas pessoas do lado de fora das casas... o silêncio, o céu azul, o sol e o
tom bege com marrom é o que me faz lembrar de lá.
Deixamos nossas cargueiras e equipamentos para serem levados por burricos e seguimos uma caminhada de quase 3 horas apenas com água em nossa mochila de ataque.
Passamos
pela Laguna TUNI, um lago com água de desgelo, azul da cor do céu e
com trutas reproduzidas por pessoas da região.
Fizemos
uma parada, e comemos um almoço gelado.. sentados na grama no meio
do caminho.. foi onde conheci o Nico, Um israelense que vive no
Canadá e estava na Bolívia para fazer várias montanhas, gente
FINÍSSIMA! Seguimos nosso Caminho até a Laguna Chiarkota onde
montamos nosso acampamento.
Eu estava um pouco preocupada em relação à gripe.. então depois de jantarmos eu não fiquei muito tempo do lado de fora. Tomei um Chá quente de mel com limão e Tapsan e entrei dentro da barraca pra me aquecer, descansar.. pois quando acordasse à meia noite, faríamos o tão esperado ataque e eu precisava estar bem. Lembro-me antes de dormir ter pedido à Deus uma boa Ascensão e que essa gripe não interferisse em nada.
Eu estava um pouco preocupada em relação à gripe.. então depois de jantarmos eu não fiquei muito tempo do lado de fora. Tomei um Chá quente de mel com limão e Tapsan e entrei dentro da barraca pra me aquecer, descansar.. pois quando acordasse à meia noite, faríamos o tão esperado ataque e eu precisava estar bem. Lembro-me antes de dormir ter pedido à Deus uma boa Ascensão e que essa gripe não interferisse em nada.
Sexta
feira, 29 de Julho de 2011
Acordei
com a voz do Alex do lado de fora da barraca chamando
"I'ss'abelle..!" já era a hora de se arrumar para
seguirmos em ataque. Desta vez não estava com as roupas fornecidas
pela agência, pois no Huayna quando os guias viram minha calça da
Queshua e meu anorak da Salomon.. falaram pra que eu não usasse da
agência.. já que eu estava com um equipamento bons.. ou seja... meu
equipamento utilizado no Brasil estava de bom tamanho para enfrentar
a montanha e de fato me serviu e muito sem me causar nenhum perrengue
(para as montanhas que fiz.).
Como
de prache tomamos um “café da manhã” leve e um bom mate de
coca, eu enchi a minha garrafa térmica (nova) de mate invez de levar
água (por que no Huayna meu camel back congelou no cano) e seguimos
de Botas de trekking, levando todo o resto do equipamento na mochila
de ataque.
Tinhamos
pela frente uma hora de caminhada Até chegar na parte de gelo onde
necessitaríamos de grampones. Estava tudo escuro.. e fizemos esta
caminhada de headlamp num ritmo forte.. eu estava MEGA empolgada.. a
gripe estava 99% curada, fisicamente estava bem.. psicologicamente
também! Tudo estava ao meu favor.
Apesar
do clima extremamente frio da madrugada.. logo o calor chegou.. abri
algumas camadas de fleeces para refrescar. Chegamos na parte nevada
onde paramos para trocarmos os calçados. Deixamos nossas botas em
baixo de uma pedra, e colocamos as botas para neve, os grampones e
iniciamos com garra.
Na
frente estava o Alex, eu no meio e o Marcel atrás de mim, todos
unidos pela mesma corda numa distância de um metro e meio ou dois.
Eu estava completamente diferente do Huayna, minha resistência
física tinha melhorado 300%, acredito que fisicamente.. meu corpo
apanhou bastante então eu estava bem condicionada, não sentia tanto
peso das botas.. e a altitude também não me afetava. Seguimos muito
bem nossa caminhada. Lembro-me de estar caminhando e ver de forma
muito rápida uma estela cadente. Inesquecível.
Para
conquistar o Alpamayo, é necessário subir uma rampa que fica ao
lado de uma montanha que chamam de Pirâmide Blanca, depois seguirmos
para o cume do Tarija (onde somente de lá é possível enxergar o
Alpamayo), e descendo o Tarija inicia-se a ascensão.
Nesta
Rampa de neve, senti a corda puxar, era o Marcel que estava
diminuindo o ritmo, quando olhei pra ele.. Pude ver como num espelho
o marcel igual à mim na ascensão ao Huayna: muito cansado..
provavelmente sentindo o peso da bota, e a altitude. Olhar pra ele
era como me ver dias atrás. Ele dava 5 passos e sentia-se cansado.
Primeiro
de tudo: coloquei na minha cabeça que se ele passasse mal..
voltaríamos sem problema nenhum, afinal montanha é assim e eu não
faria diferente de como o Rafa agiu comigo no Huayna. Se um dia
alguem voltou por mim.. no outro dia eu posso voltar por alguém sem
problemas. Depois, eu tentei deixar ele o mais a vontade possível,
disse que faríamos o ritmo dele.. que caminharíamos mais devagar..
e assim prosseguimos.
Paramos
pra tomar um mate e eu na minha ausênscia de inteligência sem
igual.. sei lá o que se passou pela minha cabeça! Talvez eu tivesse
confundido a garrafa térmica com uma garrafa de gatorade! Por que
coloquei mate na tampa da garrafa e dei pro Marcel tomar, e na
seqüência tentei beber no bico da garrafa o chá.
É
claro que caiu chá pra tudo quanto era lado.. na minha balaclava, na
minha luva e uma atitude tão simples e burra começou a congelar
seriamente a minha mão (luva 2º pele) e minha balaclava. Sentia
meus dedos DOEREM intensamente de tanto frio pois o chá que caiu na
luva congelou diante de uma temperatura baixa que fazia, o que me
levou a tirar imediatamente a minha primeira camada de luva. A
balaclava coloquei a parte que cobre a boca, pra baixo do queixo
solucionando o problema.
Segui
adiante somente com o meu par de luva grosso, de alta montanha o que
pra minha sorte foi suficiente.. pois sinto muito calor nas
extremidades enquanto ando. O Marcel foi muito, mais muito
persistente, ele não falou em nenhum momento sobre desistir! Ele
estava extremamente cansado, mais já havíamos passado ao lado do
Pirâmide Blanca e estávamos sentido Tarija.
Ele
sabia que se ele chegasse no Tarija, ele poderia ficar e deixar eu e
o Alex seguirmos sentido Alpamayo por que o Nico e outras 3 pessoas
estavam na frente.. e voltariam logo; Então ele fez um esforço do
qual eu não vou me esquecer: ele comentava comigo que sabia que
aquilo era importante pra mim e apesar de eu dizer que estávamos com
ele, apesar dele saber que poderia desistir sem ao menos chegar no
Tarija, eu sei que ele se esforçou muito por ele e por mim.
A
subida do Tarija era relativamente íngreme, e aos poucos fomos
conquistando. O sol foi nascendo por detrás da montanha.. não
conseguimos ver ele despontar no horizonte, mas percebemos o dia
clarear. Subir o tarija era depositar toda a minha ansiedade em ver
pela primeira vez o Pequeño Alpamayo. Pois ainda não tinha NENHUMA
visibilidade desta montanha. Fui chegando aos poucos no cume do
Tarija e ao chegar.. fiquei estasiada!
Ver
o Pequeño Alpamayo era algo Surreal. Toda vez que me lembro dessa
imagem sinto meu coração desrritimado.. Ele é simplesmente Lindo.
Exatamente como vira na internet, todavia, naquela hora era Eu e o
Alpamayo: frente à frente, diante dos meus olhos! Eu estava o
conhecendo pessoalmente.
Minha
gratidão ao Marcel vai ser eterna! Ele poderia ter desistido do
Tarija sem duvidas! Ele poderia ter abortado com todo o direito dele!
Mais ele fez diferente, comprou a briga por mim e lutou pra chegar
até o Tarija e com um tom de “missão cumprida” ele falou:
“Gente, daqui eu não passo, eu vou ficar por aqui, vai La mocinha!
” me deu um abraço de amigo me desejando boa sorte.
Eu e Marcel no Cume do Tarija.
Eu
sou Imensamente grata ao Marcel, um cara coração, gente boa.. e que
mal me conhecia. Fez tudo isso por ele e por mim demonstrando grande
garra em conquistar um cume: o Tarija. E aqui quero deixar meu
agradecimento público à essa peça-chave da conquista ao Alpamayo!
De
lá do Tarija pudemos enxergar o Nico mais 3 pessoas escalando o
alpamayo em sua parte final próximo do cume.
Como
o Marcel iria ficar alguns minutos parado no Tarija, fiz questão de
deixar minha garrafa térmica com mate quente pra ele se aquecer..
ele com certeza sentiria mais frio do que eu, deixei meu bastão e
segui sem água, apenas com 2 pioletts (o meu e o do Marcel) e minha
mochila de ataque contendo protetor solar, uma bandeira e minha
máquina fotográfica.
Desescalamos
o Tarija onde há uma parte de rocha, lembro-me das garras dos
grampones entrando em atrito com a rocha.. nossa! Como aquilo me dava
aflição! Rs
Pé
na neve e eu estava na base do Pequeño Alpamayo: me sentindo como
uma criança de ingresso nas mãos ao maior parque de diversões da
cidade! Eu estava explodindo por dentro e o Alex percebia isso! Se
alegrava comigo e me motivava cada vez mais a subir!
De
Forma quase que mágica, eu estava ótima fisicamente! Só meu
coração que parecia que ia explodir de felicidade em cada passo que
eu dava no Pequeño Alpamayo! Pra mim.. é claro que eu queria chegar
no cume.. mais cada passo ali naquela montanha tinha um gosto
diferente!
Foi
aí que senti da maneira mais literal aquela frase clichê que todos
usam: que o prazer não está no cume e sim no caminho; Ali, isso se
fez verdade em mim. Escalar passo à passo naquela montanha.. era
como dedilhar minha musica preferida no violão.
O
Alex sempre me mostrava técnicas novas de como proceder nas
ascensões, e eu prestava o máximo de atenção para aprender e
absorver tudo o que ele me ensinara.
Outra
coisa que eu estava achando o Máximo: escalarmos o P. Alpamayo pela
crista... eu adoro andar pela crista da montanha.. era coisa de:
escorregou pra direita.. caiu.. escorregou pra esquerda: caiu, é
fantástico e exige um pouco mais de atenção.
Eu
estava à mil e o Alex percebeu isso, disse que eu estava BEM melhor
e foi nesse clima de felicidade que fomos alcançando os últimos
lances. Me encontrei com o Nico que acabara de fazer cume..
conversamos brevemente e ele seguiu descendo a montanha de encontro
ao Marcel para retornarem à base. Nos últimos 200m próximo ao
cume, existe uma parte mais técnica onde eu estava presa somente
pelos meus grampones e piolets na parede de gelo e uma corda presa
entre eu e o Alex.
Me
concentrei ao máximo para fazer movimentos precisos e segui focada
no que eu estava fazendo: cravando firmemente os dois piolets
(garantindo 2 apoios das mãos), e dando o próximo passo acima.
Cravando firmemente os grampones (garantindo 2 apoios dos pés) para
me dar estabilidade de firmar os piolets um lance acima.
Lembro
de quando olhei pra cima e estava à metros do cume, a alegria de me
sentir inteira do Alpamayo era absurda.. mais ainda quando eu me
aproximara do momento mais esperado da viagem: fazer o cume do
Alpamayo, era mais que uma gana, status, febre de cume ou qualquer
coisa parecida. Era como ter o Alpamayo só pra mim, ou de alguma
forma ser totalmente dele naquele instante, tendo uma intimidade no
qual esperei e desejei por muito tempo. Quem corre atras do que quer,
e consegue, talvez possa entender o que senti.
O
Alex subiu e eu perguntei: “aí é o cume?” ele respondeu “si!
Venga Isabelle!”
Quando
cheguei no cume, apesar de estar explodindo por dentro de alegria,
minha reação não foi eufórica, pelo contrário.. não gritei..
não fiz nada.. a primeira coisa que naturalmente fiz foi cair de
joelhos e demonstrar pra mim mesma o respeito que tenho por essa
montanha.
Fazia um frio absurdo acompanhado de vento relativamente forte e sol. Fechei meus olhos e agradeci à Deus por ter conseguido chegar até ali. Me passavam zilhões de coisas na cabeça, vinha tudo o que eu passei pra estar ali, todo o meu sonho de estar naquela hora, naquele lugar, cada incentivo que recebi das pessoas com o episódio do Huayna e uma frase que eu escutei antes de viajar, quando perguntei ao Davi Caetano se eu seria capaz de subir o Pequeño Alpamayo, Ele me respondeu: "Se eu tivesse que apostar em você, apostaria que vc consegue." Essa frase ecoou por muitas vezes durante minha ascensão e se fez importante pra mim.
Fazia um frio absurdo acompanhado de vento relativamente forte e sol. Fechei meus olhos e agradeci à Deus por ter conseguido chegar até ali. Me passavam zilhões de coisas na cabeça, vinha tudo o que eu passei pra estar ali, todo o meu sonho de estar naquela hora, naquele lugar, cada incentivo que recebi das pessoas com o episódio do Huayna e uma frase que eu escutei antes de viajar, quando perguntei ao Davi Caetano se eu seria capaz de subir o Pequeño Alpamayo, Ele me respondeu: "Se eu tivesse que apostar em você, apostaria que vc consegue." Essa frase ecoou por muitas vezes durante minha ascensão e se fez importante pra mim.
Impressionante
era ver as outras montanhas face à face..encarando de frente e do
alto. O Condoriri é lindo visto de cima.
O
Alex me deu parabéns.. e eu agradeci ele aos montes por ter me
encorajado e acreditado em mim quando eu já estava descrente da
minha capacidade em alta montanha.
Tirei
meu capacete, minha balaclava pra fazer umas fotos, tentei gravar
vídeos no cume.. mas todos saíam errado.. cortados.. e o único que
consegui fazer, não é muito audível por que fazia muito, muito
vento só dá pra escutar no final depois que eu falei o sermão da
montanha o meu “Obrigada” rsrs mas valeu as imagens!
Como
disse, o vento era forte.. e La em cima fazia muito frio! Beirava por
volta dos -18 graus e minha orelha começou a pedrificar, mal a
sentia.. o Alex fez algumas fotos minhas e em seguida me chamou para
que eu assinasse o livro do cume.
Um
livrinho simplesinho.. pequenininho enrolado em um plástico que
ficava debaixo de umas pedras contendo as escritas em sua capa:
“Entonces el Dios del amor y La paz permanecerá con ustedes”.
Escrevi brevemente no livro e nos preparamos para descermos.
Quando
estava a poucos metros abaixo do cume.. me lembrei que queria muito
alguma pedra de recordação, então na parte onde estávamos
desescalando, me protifiquei de pegar algumas pedrinhas que estavam
próximas a mim e colocar seguros dentro do bolso do meu anorak. As
tenho guardadas até hoje.
Fomos
descendo com atenção redobrada e uma certa parte, havia
possibilidade de rapelarmos para descermos mais rápido e assim
fizemos. Descemos de forma rápida o Alpamayo e logo estávamos na
base to Tarija.
Paramos para descansar e eu disse ao Alex que precisava muito fazer xixi! Rs ele se afastou e eu tive o xixi mais rico da minha vida..de frente pro Pequeño Alpamayo kk.
Paramos para descansar e eu disse ao Alex que precisava muito fazer xixi! Rs ele se afastou e eu tive o xixi mais rico da minha vida..de frente pro Pequeño Alpamayo kk.
Subimos,
eu peguei o meu bastão que havia deixado lá e seguimos adiante,
descemos o Tarija e já na rampa final o Alex perguntou por quanto eu
venderia meu óculos da Jumbo.
O
Alex tinha um óculos da Hot Wheels, JURO POR DEUS! Era quase de
brinquedo, amarelo, Aquilo e nada.. acho que talvez fosse melhor ele
estar sem óculos mas era tudo o que ele tinha. Infelizmente as
agências em geral não investem em equipamentos bons para os guias..
e neve é algo sério quando se transita freqüentemente. Sem apegos
dei o meu de presente pra ele, sei que ele precisaria mais do que eu.
Ao
sairmos da parte nevada, encontramos com 3 equatorianos que nos viram
no cume, eles também tentaram fazer o Pequeno alpamayo mas
confundiram o Tarija com a Piramide Blanca, então abortaram e
deixaram pra fazer no outro dia. Peguei minha bota de trekking que
havia deixado lá.. tiramos os equipamentos de neve, guardamos na
mochila e seguimos andando sentido acampamento.
No
caminho pude encontrar o Marcel que estava andando na boa.. devagar
curtindo o caminho. O Alex foi na frente com a minha camera pois
estava preocupado em fazer nosso almoço.
eu e o marcel retornando ao acampamento conversando.
O
Marcel tava um pouco triste.. mas conversamos bastante.. e ele foi
mto guerreiro em conseguir chegar até o tarija!
Chegamos
no acampamento e almoçamos, o Nico estava de saída, desarmou o
acampamento dele e seguiu sentido tuni enquanto a gente se quedaria
mais uma noite por lá. Fomos para o chiarkota pescar trutas para o
jantar. O Alex pescou 3 trutas o que nos garantiu um jantar divino e
mto bem temperado!!
Depois
do jantar.. ficamos deitados numa pedra próximo à nossas barracas.
O condoriri não havia luz elétrica.. ali existia apenas o céu
forrado de estrelas e nos colocamos todos a observa-las, eram
muitas... fora do padrão.. talvez por que estavamos em um lugar
alto.. não sei!
Sei
que era tanta estrela que algumas se mexiam.. e enchergavamos elas
se mexendo a olho nu, o Alex disse que provavelmente eram Satelites
móveis que pareciam com estelas que se moviam no céu.
Depois
de muita prosa, cada um Foi pra sua barraca ter uma merecida noite de
sono.
Sábado,
30 de julho de 2011
Acordei
com o Sol nascendo por detrás do pico Agujas Negras, abri uma fresta
da barraca e fiquei olhando de camarote enrolada no meu saco de
dormir aquele nascer do sol fantástico. Notei que a noite fez tanto
frio que a minha água que estava em uma garafa de plástico havia
congelado.
Tomamos
café da manha.. ficamos lá de bobeira, almoçamos, arrumamos nossas
coisas e seguimos sentido Tuni. Esperamos um carro que iria nos levar
novamente à La paz.
Chegando
em La Paz eu e o Marcel fomos ver o que daria pra fazermos juntos no
dia seguinte, ficamos em duvida entre o Downhill na estrada da morte
ou o Salar de Uyni, mas como tinhamos acabado de chegar de viagem..
achamos melhor agendar o downhill do que viajar novamente naquela
mesma noite para uyuni seria um tanto quanto cansativo.
Fechamos
o downhill para o dia seguinte, e encontramos na rua um cara de rosto
familiar vindo em nossa direção e sorrindo.. depois de um tempo
olhando pra ele me toquei : Era o Nico! Rsrsrs as pessoas de banho
tomado ficam quase que irreconhecíveis! Rs então marcamos de
jantarmos juntos.
Cada
um foi para o seu hostal, eu para o Onkell in, o Marcel para o
Copacabana e o Nico para o Loki, e nos encontramos na calle Illampu
as 20h para comer aquela pizza da boa e tomarmos uma cerveja gelada.
Tivemos
um jantar agradabilíssimo, nos despedimos do marcel o Nico me
acompanhou até o taxi e foi a ultima vez que eu o vi, já o Marcel
me encontraria no dia seguinte para seguirmos juntos à Coroico.